domingo, 29 de abril de 2012

Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem  tão pequeno que não possa ensinar.
                                                                Esopo

"Caricatura é um desenho de um personagem da vida real, tal como políticos e artistas. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo.     Historicamente a palavra caricatura vem do italiano caricare (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção).      A caricatura é a "mãe" do expressionismo, onde o artista desvenda as impressões que a índole e a alma deixaram na face da pessoa.      A distorção e o uso de poucos traços são comuns na caricatura. Diz-se que uma boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa através do jogo com as formas. É comum sua utilização nas sátiras políticas; às vezes, esse termo pode ainda ser usado como sinônimo de grotesco (a imaginação do artista é priorizada em relação aos aspectos naturais) ou burlesco."

Adjetivobur.les.co -----que é cômico por ser caricato e/ou ridículo; zombeteiro:"... em suma uma série de tumultos trágicos ou burlescos." (literatura) que recorre à sátira, ao ridículo e/ou ao cômico para caricaturar alguém ou alguma situação




 
Fábula
fá.bu.la
sf (lat fabulaPequena narrativa em que se aproveita a ficção alegórica para sugerir uma verdade ou reflexão de ordem moral, com intervenção de pessoas, animais e até entidades inanimadas. 2 Narração imaginária, ficção artificiosa.3 Narrativa ou conjunto de narrativas de ideação mitológica; mito. 4 Entrecho ou urdidura de qualquer obra de ficção. 5 Os elementos de deformação da realidade nas composições do gênero épico ou de invenção. 6 Mentira. Dim: fabulazinha, fabela.


Fábulas de Esopo 

     Estou trabalhando com sextos anos, então,  tenho lido muitas fábulas, do célebre e lendário Esopo, redescobrindo e me fascinando com a grandeza destas histórias, e de como elas permanecem atuais até os dias de hoje, são  contadas há mais de dois mil anos!


    Quem não conhece fábulas como A tartaruga e a lebreO Lobo e o Cordeiro e A Cigarra e a Formiga?

      Fiz uma breve pesquisa e descobri que a origem de Esopo é muito incerta. São muitas as cidades que se acredita ser a cidade natal do grego, e tudo o que se sabe sobre ele não está livre de dúvidas. O que realmente é fato é que ele foi escravo, que foi libertado por encantar seu último senhor com suas histórias, de caráter moral e fantasioso. Esopo nunca escreveu nenhuma das fábulas como as conhecemos hoje.     Suas histórias faziam parte da tradição oral grega. Somente anos após sua morte, as histórias foram reunidas e escritas, tendo inclusive inspirado outros grandes fabulistas, como La Fontaine e Fedro.

      Consta que Esopo era corcunda, mas a aparência estranha era suprimida pelo seu dom da palavra, ao contar suas histórias carregadas de ensinamentos e tiradas morais. Suas personagens – que também definem o gênero fábula – são geralmente animais, personificados, que falam, erram, demonstram bem as muitas saliências do caráter humano. Também são retratados homens, deuses e objetos inanimados, com os mesmos fundamentos. O fabulista grego nos mostra como o ser humano pode agir, seja para o bem, seja para o mal, e é realmente impressionante como suas fábulas se mantêm atuais até os dias de hoje, onde nos identificamos sempre com as situações contadas.

     Toda essa história é muito curiosa e interessante, e por isso resolvi trazer um pouco de Esopo para o blog. A partir de hoje, vou postar algumas fábulas memoráveis, que sempre me orientam, me direcionam, me fazem perceber melhor as diretrizes desse mundo caótico onde vivemos.

     Para começar, uma que todos devem conhecer:

OBS.: existem várias versões das fábulas de Esopo, La Fontaine foi um dos mais reconhecidos ao adaptar as histórias. A versão abaixo retirei do livroEsopo - Fábulas, da editora L&PM. Pode ser diferente de outras versões, mas é apenas na maneira de contar, haja vista que a ideia; a moral, permanecem mantidas.



Assista! A cigarra e a formiga
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A cigarra e a formiga


A raposa e as uvas

A raposa e as uvas

A tartaruga e a lebre



Biografia de Esopo
    Esopo foi um fabulista grego, nascido na Trácia (região da Ásia Menor), do século VI A.C.. Personagem quase mítico, sabe-se que foi um escravo libertado pelo seu último senhor, o filósofo Janto (Xanto).


     Considerado o maior representante do estilo literário "Fábulas", possuía o dom da palavra e a habilidade de contar histórias curtas retratando animais e a natureza e que invariavelmente terminavam com tiradas morais. As suas fábulas inspiraram Jean de La Fontaine e foi objeto de milhares de citações através da história (Heródoto, Aristófanes, Platão, além de diversos filósofos e autores gregos). 



     As primeiras versões escritas das fábulas de Esopo datam do séc. III d. C. Muitas traduções foram feitas para várias línguas, não existindo uma versão que se possa afirmar ser mais próxima da original. Destaca-se, entre os estudiosos da obra esopiana, Émile Chambry, profundo conhecedor da língua e da cultura gregas. Em 1925 o escrito Chambry publicou, Aesopi - Fabulae (Fábulas de Esopo), contendo 358 fábulas atribuídas ao grande mestre das fábulas.


Fábulas de Esopo


Fábulas De Esopo

    Esopo era um escravo que viveu na Grécia há uns três mil anos. Tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais, cada uma delas com sentido e um ensinamento, e que mostram como proceder com inteligência. Os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, bons ou maus, exatamente como os homens. A intenção de Esopo, em suas fábulas, é mostrar como nós podemos e devemos agir.
    Não se sabe muito a respeito da vida de Esopo, até mesmo porque outros fabulistas receberam o seu nome e as histórias de suas vidas se misturaram.
    As fábulas de Esopo, contadas e readaptadas por seus continuadores, como Fedro, La Fontaine e outros tornaram-se parte de nossa linguagem diária. Quando, por exemplo, nos esforçamos muito para obter algo e não conseguimos, dizemos que tal coisa “está verde”, ou seja, usamos a mesma expressão que a raposa usou quando não conseguiu as uvas...
    Esopo nunca escreveu suas histórias. Contava-as para o povo que por sua vez, se encarregou de repeti-las. Só duzentos anos depois de sua morte é que as fábulas foram escritas. Em outros países além da Grécia, em outras épocas, sempre se inventaram fábulas, que permaneceram anônimas. No Brasil, quando dizemos que “macaco velho não mete a mão na cumbuca!”, estamos repetindo o ensinamento de uma fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência, de justiça, de sagacidade, trazida até pelos nossos Esopos.

      Escritor francês

Jean de La Fontaine

8/7/1621, Chateau-Thierry, França
13/4/1695, Paris, França
[creditofoto]
Jean de La Fontaine nasceu em 8 de julho de 1621. Era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena cidade de Chateau-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura.

Por desejo do pai, casou-se em 1647 com Marie Héricart, na época com apenas 14 anos. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles.

Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo de seu pai como inspetor de águas, mas alguns anos depois colocou-se a serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas.

     Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.

      Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís 14. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.

     Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.

      Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. Morreu em 13 de abril de 1695. A última edição de suas fábulas foi publicada 1693.

Millôr Fernandes

"Acreditar que não acreditamos
em nada é crer na crença do descrer".





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