terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Vale a pena aprender!


Estudar vale a pena?


"Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos se erguem desdenhosamente a cabeça para o Céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe".                                     Leonardo da Vinci

"Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los."
                                                  Isaac Asimov

Família, professor, filho e aluno.

Minha opinião.
       Tão importante quanto saber FALAR é saber OUVIR!

SABER VIVER - CORA CORALINA

      É convivendo e lidando com situações que aprendemos a aceitar as opiniões dos outros. Nem sempre temos razão de alguns assuntos, por isso temos que saber OUVIR.
       Ouvir o companheiro que conhece ou entende mais de determinado assunto. Levar em consideração que com essas diferenças estamos evoluindo.
       Também temos que saber FALAR, "às vezes uma palavra dói mais que um tapa."
        OUVIR e FALAR  
       É muito difícil manter o equilíbrio, mas vale a pena tentar. 
       Podemos dizer que saber ouvir caminha ao lado de saber falar; sugiro agora uma pequena reflexão: quantas vezes respondemos antes que nosso interlocutor tenha concluído seu pensamento?

      Quantas vezes começamos a ficar impaciente enquanto o outro procura fazer-se entender?

     Quantas vezes apressamos, monopolizamos paralisamos os que tentam exprimir seus pensamentos, com a nossa expressão facial de desaprovação, invalidação, menosprezo e desqualificação?

     Quantas vezes já fizemos com que o outro parasse de falar, por sentir que não adianta tentar completar seu pensamento?

      Baseado nessa "autorreflexão" como estão nossas relações interpessoais?

     Saber ouvir exige que façamos opção consciente em apreender o que se passa com o outro, de forma solidária e sem preconceitos, com o objetivo de buscarmos o entendimento.

     O diálogo nem sempre é uma tarefa fácil, pois envolve a disponibilidade para aprender novas idéias, quando antes gostaríamos de ensinar; humildade para reconhecer que não somos perfeitos e que não sabemos tudo a respeito de todos os assuntos e admitir a coerência de fundamentos e idéias que não são nossos.

      Ouvir é muito diferente do ato de escutar. Escutar é o uso puro e simples do sentido da audição e só não escuta quem é surdo." Ouvir vai além do simples ato de escutar", é uma ação mais profunda pois nos envolve por inteiro e é um processo ativo, ao contrário do que muita gente imagina. É também, a mais extraordinária das artes a ser dominada pelo homem. ouvir é renunciar! Vivemos imersos em cogitações pessoais e é raro conseguirmos passar algum tempo sem pensar em nós mesmos. Talvez por essa razão a maioria das pessoas ouça tão mal, ou simplesmente não ouça

        Sugiro alguns pontos que podem lhe ajudar a ser um melhor ouvinte:

        Fale menos, pois você não pode ouvir enquanto estiver falando.

        Deixe o outro terminar suas frases sem interrompê-lo.

        Ouça sem ficar contra-argumentando internamente, isto dificulta a sua compreensão.     Acalme a sua mente! Não discuta mentalmente enquanto ouve!

       Controle suas emoções, pois elas podem constituir sérias barreiras à comunicação eficaz.

      Coloque-se no lugar do outro para poder compreender o que ele está dizendo.

      Pergunte quando não entender, quando sentir que precisa de mais esclarecimentos; e também quando desejar mostrar que está escutando.

     Reaja às ideias e não à pessoa.

     Discordância não é sinônimo de rejeição.

      Evite julgamentos precipitados, espere até que todos os fatos sejam colocados antes de fazer qualquer julgamento. Quando os fatos colocados o abalarem emocionalmente, diga que vai esperar algum tempo antes de responder, aproveite esse tempo para refletir e só depois responder.

     Quando compreendemos o outro, muitas vezes passamos a nos compreender melhor.

     Olhe nos olhos enquanto conversa e encoraje o outro a continuar falando.

     Não converse assistindo à televisão ou lendo um jornal, alem de falta de respeito e de educação, desestimula o diálogo e impele o outro à buscar outras pessoas para falar (até mesmo sobre você).

     Saber ouvir leva tempo, prática e paciência. É uma arte que mantêm vivos o respeito, a afeição, a amizade, o sentimento de confiança que o outro deposita em nós. Faz com que nossos clientes, colegas de trabalho, filhos, cônjuges e namorados, sintam-se como pessoas importantes e amigos privilegiados.

    Assuma, hoje mesmo, um compromisso de falar menos e ouvir melhor. 
  As discussões existem para nós crescermos como pessoas.

        Todos tem defeitos, ninguém é perfeito!  Por isso, não devemos se preocupar em sermos algo que não existe. Nem Jesus Cristo agradou à todos. Quem somos nós?
        É preciso aprender a RESPEITAR. Respeitar a opinião, os defeitos e as falhas dos outros. Ás vezes leva tempo! 
        O diálogo existe para conhecermos melhor as pessoas, darmos argumentos e decidirmos o que faremos diante de um problema.
        Quando faltar equilíbrio em um dos ouvintes, aguarde o momento certo para continuar a discussão.Cada um tem o seu momento de absorver a situação, com paciência, humildade, profissionalismo, chegaremos a um diálogo saudável.
          Eu valorizo a DISCUSSÃO, pois é com ela que evoluiremos!
A IMPORTÂNCIA DE SABER OUVIR


MANEIRA DE DIZER AS COISAS





Por que estudar vale a pena ? 





De modo simples, pode-se dizer que "conhecer é elaborar um modelo de realidade" e "projetar ordem onde havia caos" (CYRINO & PENHA, 1992, p. 


Todos os saberes provém da experiência?
Qual o papel da razão na construção dos vários saberes?




     

      
    Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos.
      Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.
      Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana, permitimo-nos também ao pensar e, por consequência, a ordenação e a previsão dos fenômenos que nos cerca.
      Existem diferentes tipos de conhecimentos: 

      2.1 - Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum)
      É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas.

      Exemplo:
      A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar. 


      2.2 - Conhecimento Filosófico
      É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência.

      Exemplo:
      "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche) 


      2.3 - Conhecimento Teológico
      Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.

      Exemplo:
      Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc.. 



"A verdadeira ciência ensina sobretudo a duvidar e a ser ignorante."
Miguel Unamuno
      2.4 - Conhecimento Científico
      É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:
      - É racional e objetivo.
      - Atém-se aos fatos.
      - Transcende aos fatos.
      - É analítico.
      - Requer exatidão e clareza.
      - É comunicável.
      - É verificável.
      - Depende de investigação metódica.
      - Busca e aplica leis.
      - É explicativo.
      - Pode fazer predições.
      - É aberto.
      - É útil
 (GALLIANO, 1979, p. 24-30).

      Exemplo:
      Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração dos batráquios.
 


Um pouco de reflexão


UNIFICAÇÃO COM O TODO 

Depois de passar pelos véus do SONO (ilusão, sonhos e pesadelos),

 do DESÂNIMO (indisposição para buscar a Verdade/contentamento com a mentira), 

da INSENSIBILIDADE(falta de percepção do todo interligado),

 daSUPERFICIALIDADE(apego ao material animado ou inanimado)

 e do CONHECIMENTO EMPRESTADO(conhecimento dos outros)."

 Agora é a vez de transcender o véu da DUALIDADE(sensação de separação dos outros e do todo). 


A dualidade consiste na ilusão de que “cada coisa” que existe é uma parte(membro) separada, e não uma parte integrada ao todo(corpo) universal. Dualidade é ignorar o continuo que é a existência. 

Vejamos o trecho de um diálogo. 

Questionador: Por que há gente contente e gente sofrendo? 

Edson Carmo: Sofrimento é o resultado de desejar ser, aquilo que não se é. É a “dor” do conflito entre o que se gostaria de ser, com aquilo que se é. Há sofrimento quando não se aceita a vida como ela é, e se fixa na ideia de como se gostaria que ela fosse. Há sofrimento também na vontade de ter aquilo que não se tem. Assim, podemos concluir que sofrimento é a ideia de dualidade. Na não-dualidade o sofrimento não existe. 

Questionador: E como é possível evitar o sofrimento, se a dualidade é uma realidade? 

Edson Carmo: Dualidade não é real, ela não existe! Dualidade é uma criação da mente, é uma manifestação da memória! Veja, tudo que está acontecendo, está acontecendo por vez, é um processo continuo. Então, se a noite está aí, não pode ser dia. E se fosse dia, a noite não poderia estar aí! Observe: quando você está saciado, onde está a sede? Aqui está calor, e você está sentindo calor! Onde está o frio? O frescor que você está desejando, nesse momento, ele está apenas na memória – porque um dia você já o sentiu. Mas a memória não é o que está acontecendo como realidade. O que está acontecendo como realidade agora, é o calor. No momento que começar a fazer frio, o calor não estará mais aqui. Você pode perceber? Que não há dualidade no acontecimento?! Quando o frio acontecer aqui, será apenas uma continuação do calor que agora existe, então o calor ficará no passado, e o passado é inexistente. (...)

VALE A PENA 



Parceria entre escola e família deve priorizar a aprendizagem

Aumentar a participação da família nas decisões escolares e estruturar o aprendizado em casa estão entre as principais recomendações para fortalecer o vínculo entre a escola e o contexto local. “O que mais se vê é a culpabilização de uma pela outra, pela repetência, evasão escolar e violência na escola”, aponta Miriam Abramovay, socióloga e pesquisadora da área de juventude.
A estudiosa ressalta que existe uma defasagem entre o tipo de aprendizagem que a escola oferece e a realidade cotidiana proporcionada pela cultura de rua e do jovem. “A escola ficou no século passado ao não considerar o que vem de fora, demonstrando que não está preparada para as crianças e jovens do século 21”, considera.
Para que a parceria aconteça de fato, afirma Abramovay, é necessário rever responsabilidades, limites e expectativas de cada uma das partes – família e escola. Outro aspecto limitante dessa relação é o pouco espaço dado às famílias na construção das práticas educativas da escola. “Na maioria das vezes as família são chamadas apenas para a entrega das notas ou porque existe algum problema com seus filhos”, ressalta.
Não existe, acrescenta ela, por parte das famílias – mais ainda se situadas em áreas de alta  vulnerabilidade social – , uma “cultura da reivindicação” que permita saber não apenas o que seu filho está aprendendo, mas também como são as relações sociais, o cotidiano e o clima no ambiente escolar.
Aproximar a família, ouvindo suas queixas e dando início ao diálogo, reconhecendo que os familiares podem ter voz dentro das escolas é um dos primeiros passos para reverter essa distância. Por outro lado, Abramovay sugere que a escola peça das famílias maior atenção com suas crianças e jovens.
Também é fundamental que os pais criem em casa um ambiente estruturado para o estudo e a aprendizagem. “Importantíssimo que os pais saibam que há diferença entre ter três livros em casa e não ter nenhum. Isso certamente desperta o interesse e também o rendimento da criança na escola”, pontua Miriam.
Aprendizagem
Para Denis Mizne, diretor geral da Fundação Lehmann, organização sem fins lucrativos, voltada à melhoria da educação pública no Brasil, “não existe o aluno e o filho como duas entidades separadas. São a mesma pessoa.” O foco primordial da escola, ressalta, deve estar na aprendizagem.
Num contexto de vulnerabilidades sociais e baixo acesso aos serviços públicos, os avanços na qualidade do ensino acabam sendo pouco discutidos. Segundo Mizne, a colaboração mútua entre a comunidade escolar e a família deve priorizar o pleno desenvolvimento do aluno em sala de aula.
“Boa parte dos pais não tiveram acesso a uma boa escola. Falta repertório de vivências e exemplos de como se deve supervisionar a educação escolar em casa. A ideia da necessidade de acompanhamento pelos pais é algo recente”, afirma.
Uma medida interessante, sugere ele, seria apresentar com nitidez quais são as diretrizes curriculares da escola, para que os pais possam  averiguar qual o aproveitamento real de seus filhos ao longo do ano letivo.
O investimento em melhores condições de trabalho para os professores pode ajudar a estreitar esses laços. “A carreira deveria ser estruturada de forma a facilitar a vinculação do educador a uma única escola, o que certamente contribuiria para fortalecer a relação com a comunidade”, defende Mizne.
O debate entre especialistas ocorreu durante a mesa “Práticas de aproximação com a família e a comunidade”, realizada em São Paulo durante o I Seminário de Proteção Escolar, na última semana de agosto.
* Publicado originalmente no site Portal Aprendiz.
(Portal Aprendiz)